quinta-feira, 15 de abril de 2010

PRESIDENTE DO SINDICATO DE GARÇONS DO RIO DE JANEIRO APOIA LEI DOS AMBIENTES LIVRES DA FUMAÇA

Entrevista com Waltair Mendes Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Garçons, Barmen e Maitres do Rio de Janeiro (SIGABAM), ao Jornal do Centro de Apoio ao Tabagista

Rio de Janeiro, 12/fev/09

Como foi a sua trajetória profissional até chegar à presidência do SIGABAM?
Tenho 20 anos na profissão de barman. Começamos o movimento em 82 com o nome de Conluta e em 87 fundamos a Asscociação de Garçons, Barmen e Maitres do Rio de Janeiro, ainda em 87 fundamos o SIGABAM – Sindicato dos Garçons, Barmen e Maitres do Estado do Rio de Janeiro.
Quantos profissionais hoje estão sindicalizados em sua área?
Hoje temos 6.200 associados.

Existe algum levantamento sobre a quantidade de fumantes entre eles?
Não temos esta estatística.

Como o Sr. foi descoberto para estrelar a campanha sobre o fumo involuntário pelo Ministério da Saúde?
Através de uma participação em um congresso sobre tabagismo a convite do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O Sr. considera que as diretorias dos sindicatos dos donos de bares e restaurantes estejam sensibilizadas sobre os riscos da exposição à chamada fumaça ambiental para os trabalhadores do setor?
Não. Na verdade o patronal do setor de hotelaria e restaurantes estão mais preocupados com seus faturamentos e não com a saúde de seus funcionários e de seus clientes.

Como que o Sr. interpreta a afirmação de clientes, que não raro dizem: “se o garçom não quer expor-se à fumaça dos clientes, que procure outra profissão”?
Vivemos em um país onde o índice de desemprego é muito alto e, se aproveitando disto, os donos de empresas têm este tipo de atitudes, humilhando e escravizando seus funcionários.

Como sente-se um profissional do setor ao informar aos clientes sobre a proibição de fumo no local?
Há certo constrangimento por parte da categoria em passar estas informações para os clientes, pois, existe o ditado que diz: o cliente está sempre com a razão.

O Sr. presenciou ou teve notícias sobre conflitos entre garçons e clientes sobre este tema?
Até a presente data não temos denúncias, neste sindicato, relacionadas ao assunto.

De que forma o Sindicato orienta os profissionais em treinamento, para a abordagem dos clientes?
Orientamos para que comuniquem aos clientes que existe a lei que proíbe fumar nos ambientes fechados, especificando a lei.

O Sr. gostaria de dizer mais alguma coisa que não tenhamos perguntado?
Aproveito a oportunidade para agradecer a todos que fazem parte deste jornal, por esta grandiosa iniciativa. Coloco-me à disposição para colaborar no que for possível.
Endereço eletrônico do site do Sigabam: www.sigabam.com.br

Um comentário:

David disse...

Bastante justo que apóia este projeto de lei. É chato para ir a um restaurante e alguém fumando ao seu lado. Seria bom para os garçons se ver alguma coisa, conversar com o cliente a pedir-lhe para não fumar.