
Joe Eszterhas é escritor e roteirista hollywoodiano, autor de diversos bestsellers que acabaram por alcançar as telas de cinema. Por outro lado, exercia também um papel ativo na glamourização do tabagismo em seus filmes. Curiosamente, fazia-o intencionalmente, como um ativista a favor do direito das pessoas de fumar.

Após anos dedicados a esta militância pró fumo, Joe Eszterhas descobriu-se com câncer de garganta, uma das neoplasias mais relacionadas ao tabagismo, até porque a região faz parte permanente do trajeto da fumaça tóxica rumo ao cérebro, onde a nicotina precisa chegar para aplacar as síndromes de abstinência.
A visão de Eszterhas sobre o tabagismo e todo o sistema corrupto que o envolve mudou radicalmente após as diversas cirurgias e tratamentos outros a que teve de submeter-se. Fez, então, um pacto com Deus, disse ele, de forma a influenciar Hollywood e seus colegas de ramo a não mais glamourizar o tabaco, se escapasse vivo daquela situação incômoda. Escreveu, inclusive, uma nota no New York Times a este respeito, culpando-se pelo que teria feito a inúmeras pessoas. Milhões, na verdade. O título foi 'A responsabilidade de Hollywood pelas mortes por fumo'.
Os países em desenvolvimento, sobretudo estes, tem dificuldade extrema para obter e aplicar recursos financeiros em campanhas de conscientização para o antitabagismo. Hollywood disseminar imagens favoráveis ao uso do tabaco chega a ser covardia.
Em depoimento à Nadia Collot, no depoimento para o seu extraordinário documentário franco-belga, 'Tabac, La Conspiration', temos a oportunidade de ouvir Eszterhas expressar-se com todas as letras e sentimentos:
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Joe Eszterhas - nasce um ativista
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